Padre, por seu ministério, Deus me socorreu (ansiedade e depressão)

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Deus me socorreu… E foi por meio de um padre. Quando tudo estava sem cor, sem brilho, sem alegria e sem vida, o padre me apontou a Jesus. E foi assim, dizendo sem dizer, acolhendo a minha história, sem alimentar carências, sem permitir que eu fechasse as portas de minha vida para aqueles que eu amo, para quem me ama, que ele me ajudou a caminhar.

Eu tive depressão, tive sérias crises de ansiedade, vivi uma dor cuja raiz eu não era capaz de identificar sozinho de onde partia e porquê existia. E não era falta de Deus, falta de amor; era algo que doía, simplesmente. E me tirava as forças – em muitas manhãs – de acordar e lutar por um minuto mais feliz, um dia, uma semana, uma vida.

Compreendendo os meus momentos mais desafiadores, o padre foi o samaritano que tratou das feridas da minha alma, que compreendeu que minhas chagas não eram vistas a olho nu, mas eram reais. Ouviu minhas confissões, me mostrou que o Tribunal da Misericórdia era o lugar de onde eu tiraria forças para recomeçar naquilo que se apresentava como erro voluntário, diante de um cenário tão confuso entre a minha dor e o que, de fato, era o meu pecado.

O padre me levou para os outros, para o serviço, para a caridade… Me apresentou um remédio eficaz: ao tocar na dor dos outros, eu fui capaz de – pouco a pouco – reunir forças para caminhar em direção à minha cura.

Foram anos de tratamento terapêutico, anos levantando tijolo por tijolo de uma construção que me desse abrigo frente aos sofrimentos psíquicos que me tiravam a paz. Muitas vezes, nas crises, eu mesmo derrubava o que lentamente eu havia construído. Mas com a ajuda de inúmeras vozes, recursos, medicamentos, fui caminhando para a liberdade. Mas o apoio do padre foi, para mim, aquela parte do alicerce que me daria segurança para trilhar um caminho seguro: “há um sentido em tudo, minha vida tem sentido e eu nasci, mesmo que numa condição temporária de doença, para amar!” E Deus estava comigo.

Por isso, padre, obrigado! Obrigado por ter dedicado parte do seu tempo precioso para exercer seu pastoreio comigo, e acompanhado minha história. Obrigado por ter acreditado que havia um futuro de esperança para mim. Pela Eucaristia, pelos sacramentos, pelos sacrifícios que ninguém vê, mas que geram frutos de eternidade não apenas na minha vida, mas na vida da Igreja.

Autor: Alguém muito grato pelo ministério sacerdotal

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