Lidar com crianças e adolescentes requer certa habilidade, principalmente nos dias atuais, quando a tecnologia oferece muitas oportunidades de distração. Também dentro das paróquias, os catequistas e líderes pastorais se encontram constantemente na posição de competir com a internet e redes sociais para ter a atenção da garotada.
Quando o assunto é a formação dos coroinhas, o dilema pode ser semelhante: qual seria a melhor linguagem e abordagem para que a formação dessa pastoral aconteça de modo eficaz? Vamos te dar algumas dicas práticas.
Faça da tecnologia uma aliada no processo formativo
A melhor maneira de não brigar pela atenção dos jovens quando o assunto é tecnologia é encontrar meios para torná-la aliada. Isso mesmo: traga as redes sociais para os encontros de formação da pastoral dos coroinhas. De que maneira?
Que tal propor aos coroinhas o uso das redes sociais para divulgar o que estão aprendendo?! Como sugestão, você pode criar perfis nas redes sociais para que o conhecimento seja divulgado, tornando esse processo formativo dinâmico e sociável.
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Os coroinhas podem, sob sua supervisão, fazer vídeos, produzir textos, fotografias. Tudo isso colocando em comum – nas redes – o que eles têm aprendido.
Estabeleça dias e horários fixos para os encontros de formação
Esses encontros podem ser feitos na paróquia, porém, eventualmente pode ser interessante que aconteçam nas casas uns dos outros, criando um clima mais leve e de mais empatia entre os coroinhas.
Nos encontros de formação, procure utilizar uma linguagem na qual os coroinhas (que podem estar em diferentes faixas etárias) se identifiquem. O que não significa que você deva usar gírias e o linguajar dos adolescentes. Mas reflita: há diversas maneiras de se dizer a mesma coisa.
Procure também criar momentos de descontração com dinâmicas e atividades educativas que possam ajudar os coroinhas a compreenderem melhor as informações que lhes são apresentadas.
Promova formações práticas e diferenciadas
Assistir a filmes sobre a vida dos santos, vídeos de missas presididas pelo Papa, conhecer outros ritos – além do rito romano – são ações que podem enriquecer e fazer com que a formação fique atrativa e estimulante. É possível também fazer passeios em grupos que estimule o conhecimento e a amizade entre os coroinhas. Museus religiosos, conventos, mosteiros e seminários podem ser uma boa dica.
Estimule o conhecimento, inclusive o humano
Para se tornar um coroinha, há muito que aprender sobre liturgia, doutrina e espiritualidade. Mas não apenas isso. O coroinha é convidado – além de servir a Deus e à Igreja – a respeitar os mandamentos, como todo batizado. Um deles nos pede: ame o próximo como a ti mesmo. Mas como eu posso amar e respeitar o próximo se não olhar para ele, como posso sentir compaixão de alguém se não conheço suas necessidades?
O grupo de coroinhas pode ser também uma escola que ensina as crianças e os adolescentes a olharem para o próximo. Pensando nisso, estimule seu grupo ao conhecimento mútuo e também ao autoconhecimento. Como?
Faça dinâmicas de grupo com o objetivo de unir os coroinhas, criando laços de amizade e respeito. As dinâmicas são ótimas para acabar com a inibição e aproximar as pessoas.
Para fomentar a fraternidade, uma boa sugestão pode ser uma roda de conversas – que pode ou não ser orientada por um tema específico –, onde cada um conta um pouquinho sobre a sua história e sua família, ou sobre o que aconteceu de importante ou marcante em sua vida naquela semana. Isso não só fortalecerá a amizade como pode demonstrar aos coroinhas a importância de ouvir o outro, de conhecer sua realidade – não para julgar, mas para acolher e amar.
Muito bom!