Ao longo de nossa vida, o tempo todo conhecemos pessoas novas. Algumas delas nos fazem tão bem que até se tornam uma inspiração. Quero apresentar a vocês alguém muito especial pra mim e para todos os coroinhas: o jovem São Domingos Sávio.
Você deve se recordar que certa vez já falei rapidamente sobre ele. Nós temos o nome em comum. Mas não é exatamente sobre isso que vou falar. Tenho, neste texto, 5 fatos sobre ele que você vai gostar de conhecer. Ficou curioso? Então, vamos à história!
Quando Domingos Sávio se tornou coroinha, ainda não sabia ler nem escrever
Certa vez, numa manhã fria de inverno, o pequeno Domingos decidiu que iria à igreja mais cedo. Queria rezar antes de começar a missa. No entanto, ao chegar lá, as portas da igreja ainda estavam fechadas. O dia mal havia nascido, mas o menino não encontrou impedimento e nem desperdiçou seu tempo. Ajoelhou-se diante da porta da igreja e, ali mesmo, iniciou sua conversa com Deus.
Horas depois o padre chegou e o encontrou no frio, em silêncio, rezando. Ele ficou tão tocado por aquela cena que convidou o pequeno Domingos, que tinha apenas cinco anos, para ajudá-lo como coroinha.
Recebeu a Primeira Eucaristia mais cedo que qualquer criança costuma receber
São Domingos Sávio nasceu na Itália, em 1842. Seus pais eram pobres de bens materiais. A grande riqueza daquela família era a fé. Essa fé fez daquele italianinho um grande amigo de Jesus e de Maria.
Aos sete anos, Domingos começou a frequentar a escola. Seu professor era um padre que logo percebeu algo incomum naquela criança. O menino tinha muitas virtudes e demonstrava muito a amor e respeito por Deus. Aquele mestre sabia que seu pequeno discípulo já estava pronto para receber Jesus Eucarístico pela primeira vez. E assim aconteceu no Domingo de Páscoa daquele mesmo ano.
Esse momento foi tão marcante para Sávio que ele tomou algumas decisões importantes para a sua vida. Quer saber quais foram? Acompanhe-me na leitura!
O pequeno Sávio queria imitar a Jesus
Na escola ou em casa, Domingos Sávio tinha um comportamento que agradava a todos. Era uma criança alegre, mas não gostava de travessuras. Porém, mesmo com tantas tantas qualidades, despertava o ciúmes em alguns garotos de sua idade. Certa vez, na escola, alguns meninos aprontaram e colocaram a culpa em nele. O professor, mesmo sabendo que não era costume do menino Domingos se comportar daquela maneira, não encontrou provas de que não era ele quem havia cometido o mal feito. O que aconteceu com o santinho? Levou uma bronca! Como foi que o pequeno Domingos reagiu? Ele simplesmente baixou a cabeça e não pronunciou nenhuma palavra para se defender e muito menos acusou outros meninos.
No dia seguinte, quando descobriu toda a verdade, o professor-padre perguntou a Domingos Sávio porque ele não havia se defendido. Sávio lhe respondeu: “Porque eu preciso imitar a Jesus”. Aquele homem sábio não compreendeu muito bem o que o menino lhe dizia, pediu que ele se explicasse melhor. Ele esclareceu: “Jesus também foi acusado sem ter culpa e ficou em silêncio. Ele assumiu uma culpa que não era dele”.
O professor ficou impressionado com a conduta do jovem Domingos Sávio, pois nunca antes havia encontrado alguém assim.
São Domingos Sávio conviveu com outro grande santo
Aos doze anos, São Domingos Sávio precisou partir para outra cidade para continuar seus estudos. Essa nova etapa na sua jovem vida o deixaria longe de sua família. Mas ele sabia que era necessário. Sentiu que Deus estava lhe dando uma oportunidade e não podia recusar. Sua mãe o ajudou a arrumar a mala: algumas roupas, alguns livros e um lanchinho para a viagem.
Na nova escola, Sávio encontrou também uma nova família entre os mais de 100 garotos que ali viviam. Respeitou como pai a Dom Bosco – um sacerdote que mais tarde também foi declarado santo – e mais do que isso, foi aclamado como pai e mestre da juventude. São João Bosco, naquele ano de 1854, também acolheu Domingos Sávio como um de seus filhos espirituais. Ele era o responsável por aquela escola onde os garotos estudavam, aprendiam uma profissão, rezavam e tinham seus momentos de lazer.
Em Domingos Sávio, Dom Bosco percebeu uma grande sensibilidade para as coisas divinas. Inspirado pelos ensinamentos de seu mentor, o jovem Domingos anotou em um de seus cadernos: “Os olhos são a janela da alma. Pela janela passa o que se deixa passar. Por ela podemos deixar passar um anjo ou um demônio, e fazer com que um deles se torne dono do nosso coração”. O dono do coração desse jovem era Deus e a Virgem Maria.
Os propósitos de vida do mais jovem coroinha
Lembra que eu te contei que, quando fez sua primeira comunhão, Domingos tomou algumas decisões importantes para a sua vida?! Pois bem, agora você saberá quais são elas.
Logo que voltou para sua casa, depois daquele domingo de Páscoa em que foi agraciado com o corpo e o sangue de Cristo, Sávio fez – por sua própria vontade – alguns propósitos para a sua vida. Ele anotou: Devo me confessar sempre e receber a sagrada Eucaristia quando o confessor me permitir; vou respeitar os dias de festa da igreja; serei amigo de Jesus e de Maria; prefiro a morte, nunca o pecado.
Os propósitos de vida desse jovem são valorosos. Revelam sua fé vigorosa. Demonstram a sua coragem. Ele não tinha vergonha de assumir seu amor a Jesus.
Os poucos anos de vida que teve, São Domingos Sávio os conduziu com os olhos voltados para o céu. Ele faleceu aos 15 anos vítima de uma tuberculose. Todos testemunharam que ele sofreu terríveis dores, sem reclamar.
Tivemos, neste texto, a oportunidade de conhecer um pouco sobre este jovem que, por ter se tornado coroinha com apenas 5 anos e por ter conduzido sua vida em santidade, tornou-se o padroeiro dos Coroinhas. O meu desejo, caro coroinha, é que São Domingos Sávio seja também para você uma inspiração no servir e no amar.